Em uma reviravolta inacreditável, a Prefeitura de Cajazeiras se vê no centro de um escândalo após ser condenada pela Justiça a reembolsar as taxas de inscrição de um concurso público cancelado pela Câmara Municipal. O que deveria ser um simples processo de devolução, prometido para ser concluído em até 10 dias, transformou-se em um caos administrativo quando a Prefeitura, responsável pela operação, falhou em cumprir sua obrigação, deixando centenas de participantes sem resposta.

Segundo a ação judicial registrada sob o número 0802812-17.2022.8.15.0131, ficou claro que a Câmara, sem autonomia jurídica para lidar com o reembolso, delegou à Prefeitura a total responsabilidade pela devolução das taxas. No entanto, em vez de cumprir o compromisso, a administração municipal se omitiu, desviando a atenção para outros atores. A tentativa de transferir a culpa para a Câmara é uma manobra política que não encontra respaldo na verdade dos fatos.

O atual presidente da Câmara, Eriberto, destacou que sua gestão herdou os problemas relacionados ao concurso cancelado, mas reforçou que a obrigação do reembolso é, inequivocamente, da Prefeitura. “É lamentável ver tentativas de sensacionalismo tentando associar a falta de devolução das taxas à Câmara, quando a Justiça já determinou que essa responsabilidade é da Prefeitura. Estamos empenhados em adotar boas práticas administrativas, mas não podemos responder por erros que não são nossos”, afirmou Eriberto.

Enquanto isso, o corpo jurídico da Prefeitura, em uma tentativa falha de se esquivar da responsabilidade, tentou incluir a Câmara no polo passivo da ação, buscando reparti-la como subsidiária. A Justiça, porém, foi categórica ao reafirmar que a Prefeitura é a única responsável pela devolução do dinheiro aos candidatos.

Essa atitude de descaso da Prefeitura de Cajazeiras levanta dúvidas sobre a transparência e a seriedade com que a administração pública trata seus compromissos. Enquanto isso, uma multidão de candidatos continua à espera do reembolso que parece cada vez mais distante, enfrentando o silêncio e a inércia do governo municipal.

O que deveria ser um simples processo de correção agora se transforma em um exemplo claro de má gestão, com a Prefeitura de Cajazeiras falhando em cumprir suas obrigações, deixando a população e os candidatos frustrados. O cenário de desconfiança se agrava, e a promessa de transparência administrativa se dissolve diante de mais uma promessa não cumprida.

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